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sexta-feira, 1 de abril de 2011


Eu!
Prisioneiro meu
Descobri no brêu
Uma constelação...
                                                            
                                                       Fenix - Flávio venturini e Jorge Vercilo -



Num primeiro instante, ansiava por não estar só, mas logo compreendeu que precisava encarar as dores guardadas em pequenas caixas de aço fincadas em seu interior. No fundo de seus olhos, havia um oceano de imaginação, visualizando como tudo poderia estar em seu lugar. Desanimada, suas mãos tremiam enquanto a voz sumia. Era um silêncio que poucos compreenderiam, uma fraqueza pesada que parecia carregar bolas de ferro em seus pés. Arrastava o corpo como se carregasse todo peso do mundo consigo. Contudo, não apagaria nenhuma parte de sua vida, pois tudo fazia parte da jornada. Sabia que mais recortes viriam, novas colagens que a fariam sonhar mais uma vez. Já não precisava estar sozinha, precisava sentir a dor compartilhada, de mãos dadas, e com a alma aberta à natureza. A imagem de tintas frescas e árvores de folhas verdes e frutos novos deu-lhe esperança. "Florescemos para continuar nascendo ao longo da vida", compreendeu.

Bruna F.

2 comentários:

  1. O que é isso?!?

    Você me choca sempre com essa beleza de falar do profundo.


    O mais interessante foi encontar entre seu tecimento de palavras as minhas partes, tão minhas, tão nossas...

    Vamos juntas rasgando o céu, de onde viemos, para onde vamos.


    Beijo.

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  2. Curti muito seu blog. Já estou te seguindo... =)

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