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quinta-feira, 9 de junho de 2011






Às vezes, é difícil colocar em palavras o que se sente, e é preciso tempo para fazê-lo. Sinto que, para encerrar esse ciclo, o tempo precisa passar. Quero continuar sendo quem sou, mas também crescer em minha jornada. É um equilíbrio delicado.

Olhar o medo de frente requer muita coragem, e por isso me permito encolher em um abraço, me sentindo segura em minha pequenez. Choro, mas não consigo explicar o porquê. Sorrio alto, enquanto os outros se cansam de seguir rotas pré-determinadas. Sou vista como boba, louca ou lenta.

Sou um espelho enigmático que carrego em minhas mãos. Às vezes, o que reflete é conflituoso e me desespera. Outras vezes, o que vejo é lindo e me inspira.

Busco harmonizar minhas percepções, notando coisas minúsculas tanto em mim quanto nos outros, que passam despercebidas para a maioria. Sou ponte, pincel e plateia. Escrevo para me encontrar.

todo louco tem uma dose alta de sensibilidade.                                                                                                                                        
Bruna Fávaro


"(...) eu me ocupava com medo de esperar; sem falar que estava permanentemente ocupada em querer e não querer ser o que eu era, não me decidia por qual de mim, toda eu é que não podia; ter nascido era cheio de erros a corrigir..‎(…) -na minha pressa eu crescia sem saber para onde. (…) "

Clarice Lispector. Legião Estrangeira - Os desastres de Sofia Pg.12

10 comentários:

  1. Olá, desculpe invadir seu espaço assim sem avisar. Meu nome é Nayara e cheguei até vc através do Blog momentos fragmentados. Bom, tanta ousadia minha é para convidar vc pra seguir um blog do meu amigo Fabrício, que eu acho super interessante, a Narroterapia. Sabe como é, né? Quem escreve precisa de outro alguém do outro lado. Além disso, sinceramente gostei do seu comentário e do comentário de outras pessoas. A Narroterapia está se aprimorando, e com os comentários sinceros podemos nos nortear melhor. Divulgar não é tb nenhuma heresia, haja vista que no meio literário isso faz diferença na distribuição de um livro. Muitos autores divulgam seu trabalho até na televisão. Escrever é possível, divulgar é preciso! (rs) Dei uma linda no seu texto, vou continuar passando por aqui...rs





    Narroterapia:

    Uma terapia pra quem gosta de escrever. Assim é a narroterapia. São narrativas de fatos e sentimentos. Palavras sem nome, tímidas, nunca saíram de dentro, sempre morreram na garganta. Palavras com almas de puta que pelo menos enrubescem como as prostitutas de Doistoéviski, certamente um alívio para o pensamento, o mais arisco dos animais.



    Espero que vc aceite meu convite e siga meu blog, será um prazer ver seu rosto ali.

    http://narroterapia.blogspot.com/

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