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domingo, 21 de março de 2010

Palavra




"Minha liberdade é escrever.
A palavra é o meu domínio sobre o mundo."
Clarice Lispector


Escrever é uma jornada de cura, onde me sento em meu próprio divã, me desnudando em letras e canções. Conhecendo-me e em um espaço único, com várias facetas, complexa em meus assuntos mais profundos, emergindo em segundos na reflexão dos fatos antes não explorados. Tão pouco sei me explicar quanto me entender. Dizem que estou poética ultimamente, talvez se minha vida é feita de arte em forma de versos, então que assim seja. Se sou vista como poesia, que meus leitores mais assíduos me descrevam. Tenho uma certeza, e nela não há segredo algum: os versos mais bonitos não sou eu quem escrevo, apenas sigo o script da inspiração mais verdadeira. Nas linhas mais ridículas, escrevo por minha própria conta, em rascunhos de letras maiores, com rasuras de pequenos conteúdos. As leituras mais interessantes são aquelas que misturam o belo e o insano, atraentes como em um folhetim. Às vezes, sinto-me caminhando em letras, pisando em palavras sutilmente, forçando-as para não perder uma letra. As palavras parecem ser trazidas pela chuva, derrubadas das mais altas árvores pelo vento numa tempestade de sentimentos e emoções, conservadas profundamente, mas sem serem exploradas. Derrepente, de forma arrebatadora, manifestam-se na urgência de serem expelidas num texto sem fim. Como num conto de histórias vivas, num canto de arte, em páginas intactas e em movimento.


Bruna Fávaro




Um comentário:

  1. *-*
    Coooorta! hahahaha
    Perfeito bru, curti demais esse texto :D
    Se continuar assim vai dar o que falar o/

    =*

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